sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Trocadora, eu vou comer seu bolo!

Entrei, mas não soube nomear o que era aquilo. Não sabia se era um ônibus lotado, uma festa de aniversário ou sei lá, um sonho cheio de penetras. Se Tim Maia lá estivesse ele diria que aquilo
anda meio esquecido,
mas é o dia da festa
de Santo Reis. Pois era tudo isso, uma festa de aniversário cheia de penetras acontecendo dentro de um ônibus e que mais parecia o dia de Santo Reis. Ufa!

Tinha de tudo. Gente bonita, gente feia e gente que era só gente. Executivos, empregadas domésticas e estudantes. Chegavam aos poucos, de ponto em ponto. E o ônibus, uma sanfona que no "imperfeito do cotidiano" inflava e esvaziava.

Aquela gente de todos os formatos sabia comemorar. Bexigas, piadas, música, dança, bolo, docinho e muita, mas muita coxinha! Enfim, uma festa com cara de festa, uma festa que só o suburbio carioca poderia proporcionar.

Entre Penha e Copacabana, a trocadora ganhou mais um ano. E eu ganhei um pedaço de bolo de chocolate meio solado e uma história cheia de felicidade, baseada em fatos reais, para levar sempre no bolso.

Quando passou do túnel, os convidados se foram. Mas ainda sobraram as bexigas, a trocadora e a lição de vida.


É isso, tá aqui, tá descrito!

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