sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016: Yes we Créu.

Até então, as cidades de Chicago, Tóquio, Madri e Rio de Janeiro competiam para sediar as olimpíadas de 2016. Após o anúncio do Rio como cidade vitoriosa, o comitê madrilenho teceu fortes críticas à escolha da cidade maravilhosa, destacando a apresentação “chata e monótona” do comitê brasileiro.

Chata? Monótona? Para alguns podia passar em branco, mas não para mim! Fui buscar mais informações sobre as tais apresentações. Com um pouco de feeling e umas vistas em minhas mídias sociais, me deparei com algo do universo cotidiano dos comunicadores.

Lógico que não vencemos por causa dele, mas o vídeo institucional do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) não foi só a cereja do bolo! A ferramenta apresentada ao Comitê Olímpico Internacional (COI) foi decisiva para a vitória do Rio de Janeiro como sede dos jogos de 2016.

Está no imperativo, é uma ordem: vá agora ao Orkut e ao Facebook e veja quantos dos seus amigos adicionaram o vídeo institucional. Por quê? Eu respondo!

A linguagem utilizada no vídeo não era “chata e monótona”, era fruto de um discurso integrado, coeso, que “rimava” com a gravata listrada de verde e amarelo do Lula e com a alegria do nosso povo. Para desespero do comitê madrilenho, este fruto ficou assim:

Devo ser chato e monótono, porque não parei de pesquisar. Fui buscar a ferramenta institucional que Madri levou para apresentação.

Bom, achei o vídeo! Estão aqui os longos (quase eternos) 5 minutos:

Então, antes de aprender como se faz uma olimpíada, aprenda como se faz comunicação de forma séria. Entendeu, Madri?

É isso, tá aqui, tá descrito!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O curioso sexo das mídias.

Quantas vezes na vida você já ouviu falar em cross media? Se você não for presidente, garanto que é possível contar nos dedos. Cross media é um termo utilizado para designar o fenômeno causado pelo cruzamento de meios de comunicação. Este é relativamente raro, mas seus efeitos possuem alto nível de impacto comunicacional e social.

No Brasil o termo cross media foi traduzido como mídias convergentes na época em que o assunto estava em pauta, ou seja, quando os celulares começaram a se transformar no que são hoje.

Aliás, tenho a impressão que meu celular vai participar do próximo filme do Steven Spilberg. Porque ele é telefone, televisão, rádio, câmera e outras coisas que eu ainda não descobri. Trocando em miúdos, um verdadeiro Trasformer!

Enfim, cross media ou mídias convergentes são fusões entre mídias que sempre acarretam novidades. A cross do momento é fruto de um experimento da Pepsi e da CBS. O novo anúncio é o cruzamento de revista e televisão. É sério, não acredita?

O refrigerante fez uma parceria com a rede de televisão americana CBS. O anúncio será veiculado na revista Entertainment weekly, mas apenas nas edições de assinantes das cidades de Los Angeles e Nova York.

Quando os leitores da revista virarem a página, uma pequena tela de LCD será ativada e trará os atores da série The Big Bang Theory explicando como lidar com a nova mídia. A página conta com cinco botões que ativam o comercial da Pepsi, os trailers das novas produções da CBS e os clipes da séries How I Met Your Mother e Two and a Half Men.

O chip que dá vida ao novo anúncio é fabricado pela Americhip e comporta até 40 minutos de vídeo. Entenda melhor essa loucura de revista que fala com você no curto filme abaixo:

É um novo mundo abrindo suas portas. Aproveitem publicitários de plantão!

É isso, tá aqui, tá descrito!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Trocadora, eu vou comer seu bolo!

Entrei, mas não soube nomear o que era aquilo. Não sabia se era um ônibus lotado, uma festa de aniversário ou sei lá, um sonho cheio de penetras. Se Tim Maia lá estivesse ele diria que aquilo
anda meio esquecido,
mas é o dia da festa
de Santo Reis. Pois era tudo isso, uma festa de aniversário cheia de penetras acontecendo dentro de um ônibus e que mais parecia o dia de Santo Reis. Ufa!

Tinha de tudo. Gente bonita, gente feia e gente que era só gente. Executivos, empregadas domésticas e estudantes. Chegavam aos poucos, de ponto em ponto. E o ônibus, uma sanfona que no "imperfeito do cotidiano" inflava e esvaziava.

Aquela gente de todos os formatos sabia comemorar. Bexigas, piadas, música, dança, bolo, docinho e muita, mas muita coxinha! Enfim, uma festa com cara de festa, uma festa que só o suburbio carioca poderia proporcionar.

Entre Penha e Copacabana, a trocadora ganhou mais um ano. E eu ganhei um pedaço de bolo de chocolate meio solado e uma história cheia de felicidade, baseada em fatos reais, para levar sempre no bolso.

Quando passou do túnel, os convidados se foram. Mas ainda sobraram as bexigas, a trocadora e a lição de vida.


É isso, tá aqui, tá descrito!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Já é ou já era?

Canso de dizer que se conhece uma pessoa quando dá para ver o que ela produz. Conheço a Karina porque leio O maravilhoso mundo de Karina. Conheço o Lucyano porque, religiosamente, acesso o Caligraffiti. Ultimamente, tenho conhecido gente nova, como a Tassi, uma redatora corinthiana roxa que escreve o Neurônios Oxigenados.

Com esse monte de informação e coisa boa flutuando por aí, pensei: Por que uma das pessoas que mais admiro não deixar eu entrar em seus pensamentos? Estou falando da Isabela, uma dessas pessoas que não quero perder de vista. Primeiro por ser absurdamente gata, depois, mas não menos importante, por ser uma das mais inteligentes e formidáveis redatoras de comunicação interna que esse país já viu. Não estou exagerando, não. Você precisa conhecer a Isabela!

Ela, que carinhosamente chamo de Belão, sofre sempre que nos falamos com minhas tentativas frustadas de fazê-la escrever um blog, um twitter ou sei lá o que. Mas ela vem sempre com aquele papo de que escreve sim, mas no papel.

Olha rapaz, a gente faz de tudo pela pessoa. Mas esta é incapaz de se abrir com o mundo, de dividir seus pensamento, por mais bobos que sejam. Por isso este post, ele é um incentivo. É agora ou nunca, comece a teclar ou mostre-me seus papéis, seus rabiscos, suas ideias soltas ou amarradas.

Então gata, posso te conhecer melhor?

É isso, tá aqui, tá descrito!

Help, ajude as "colega"!

Ontem, um dos posts do Caligraffiti foi de um amigo que vem aprendendo comigo algo sobre caixas e valer a pena. Ele falava do projeto arquitetônico que dará formas ao novo Museu da Imagem e do Som (MIS).

O Caligraffiti é um excelente blog de design, arte, tecnologia e cultura. Mas, como comunicadores sociais adoram questões secundárias, falaremos aqui sobre o lugar onde o museu será instalado, ou seja, onde hoje está a Help.

Desde que foi fundada na orla de Copacabana nos anos 80, a boate Help foi o berço da mais bela boemia e da mais perfeita putaria carioca. No fim de sua vida "útil" a boate foi desapropriada pelo governo com a alegação de que seu funcionamento era um incentivo à prostituição. Desculpa mais esfarrapada, impossível!

Todo mundo sabe que a prostituição funciona de maneira livre em quase todas as boates da zona sul do Rio de Janeiro. Porque McDonald`s, Igreja Universal, Mundo Verde e puta tem em qualquer esquina.

A Melt tem freiras, a Baronetti tem beatas, mas a Help tem que ter mulheres de vida fácil, né? O que diferencia as putas da Help para as da Baronetti é que uma vai querer uma cerveja e 50 reais, a outra champanhe com morangos. Então, as meninas da Barô saem mais caro. Mas é justo, elas têm nível universitário.

Se dentro da Help era uma puta sacanagem, deixar as "colega" ao relento não fica por menos. E agora, o que elas farão? Ficarão pela Atlântica ou vão virar caixas das Drogarias Pacheco? Se for isso, cuidado meninas, os meus amigos sabem cada vez mais sobre caixas e valer a pena.

Se for para a Barô, me chame e passe antes na Pacheco!

É isso, tá aqui, tá descrito!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Caras deformadas em todos os sentidos.

Estou em um lugar que parece perfeito. Aqui tem sol, praias, um clima lounge e uma cantora de MPB sussurrando algo poético e ritmado. No início achei maravilhoso, mas rapidamente cansei deste lugar triste e desta gente de falso sorriso largo, com uma boca que parece cada vez maior.

Percebi que havia parado em Paris, onde as brasileiras tendem a se achar as melhor do mundo, melhores até que as parisienses. Lá, estas brasileiras são formadas por seios perfeitos, bocas à la Jolie e barrigas plásticas. Logo percebi imperfeições dos mais diferentes tipos.

Estava preso em um pesadelo. Então, em uma de minhas sacadas, pensei: “Ah! Devo estar preso nas páginas da Caras, da Isto é gente ou até da Veja!”. Para meu desespero, sim, estava. Entendi que cada vez que tentava sair, apenas virava mais uma página. E julgando pelo tempo que despendi, considerando a quantidade desnecessária de páginas, era a Caras.

Iniciei um debate. Aliás, comecei a debater-me! No fim, perto da terceira capa, cheguei à conclusão que as pessoas se deformam para obedecer critérios de noticiabilidade e, por sua vez, os veículos deformam as informações.

É isso, tá aqui, tá descrito!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Não dá pra ficar tranquilo sem trema.

A reforma ortográfica chegou. Junto, ganhamos regras que não estão claras e mudanças em palavras do nosso cotidiano. Um acordo como este deveria simplificar nossas vidas e não recheá-las com novas exceções que, de fato, não precisávamos.

Um subsecretário não pode viver em condições sub-humanas, por quê? Criam normas à revelia das populações, as maiores interessadas. E olha que não estou falando dos subsecretários!

Fico com pena dos portugueses,
para eles a ROLP (Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa) afetou uma quantidade maior de verbetes. E é facto, eles também não precisavam.

Bom, para não perder os amigos e nem as piadas, criei um texto para a revista interna da IBM sobre o assunto, informando a adesão da ROLP. Segue o pequeno texto na íntegra. Acompanhe:

"O IBMista está diferente.

A partir desta edição O IBMista segue os critérios da reforma ortográfica da língua portuguesa. São hífens que pularam de paraquedas das palavras, acentos que fizeram um voo para o nada e tremas que não aguentaram e caíram por terra. Mas fique tranquilo, com as alterações nas regras sua leitura fica mais leve. A ideia é simplificar!"


















A revista O IBMista é um veículo de comunicação interna, produzida pela IBM e pela Comunicação InVitro.


É isso, tá aqui, tá descrito!